Foi numa conversa informal com algumas colegas de profissão, em que falávamos de nossa fascinação por textos, internet, comunicação, tecnologia, redes, novidades, bons professores, salada de frutas e capuccino "da casa", que lancei esta, mais como uma pensamento alto: "Ah, se navegar na internet queimasse calorias...", tendo em mente o tempo que passamos em frente ao pc, gerando ou consumindo conteúdo. Ah, foi risada geral, e as frases que decorreram daí foram o estopim para este post. Típica filosofia feminina de boteco!
De acordo com números atualizados em março último no To be Guarany, somos no Brasil 73,9 milhões de internautas a partir de 16 anos. Isso posiciona nosso país como o 5º em número de conexões à Internet. Destes, 41,7 milhões são ativos (leia-se aqueles que acessam a internet regularmente), cujos principais locais de acesso são lan houses (31%), a própria casa (27%) e da casa de parentes ou amigos, com 25%. Em se tratando de tempo médio de navegação - e esta é a primeira inferência do meu raciocínio filosófico botequiano -, o comportamento do intenauta brasileiro caracteriza-se por manter-se constantemente na liderança mundial. Em julho de 2009, os índices eram de 48 horas e 26 minutos ao mês por pessoa, considerando apenas a navegação em sites. Agora, este dado subiu para 71 horas e 30 minutos, levando em conta também o uso de aplicativos ativos online como mensagens, tocadores de música, programas de download, de voz sobre IP, e outros. E saibam que já são 87% dos brasileiros presentes nas redes sociais, nas quais investem 20% de seu tempo online gasto pelos brasileiros (Uol Tecnologia).
Há artigos, como o publicado pela revista Current Directions in Psychological Science, que defendam que internet faz bem à saúde, uma vez que pode ser utilizada em prol do fortalecimento de laços de amizade já existentes pessoalmente. Ainda pela perspectiva psicológica e da ciência social, área dos autores, os internautas sentem-se livres nos chats para falarem mais abertamente sobre assuntos que envolvam emoções, sentimentos, vulnerabilidades, contribuindo para a formação de sua personalidade e diminuindo o stress. Essa conclusão eu acho meio "viajandona"; prefiro posicionar-me conforme o GloboPT, que afirma que a pesquisa na Internet pode ajudar a manter a memória ágil, especialmente em idosos. Estou certa de que esta percepção indica atividade cerebral intensa quando estamos em rede.
Superinteressante afirma que o organismo humano gasta, por minuto, de 0,028 a 0,040 calorias no ato de pensar, ou uma média de dezesseis calorias a cada oito horas. Esta é a minha segunda e decepcionada inferência, hehehe: é o equivalente a uma bala... Francamente, este dado não é muito animador. Se multiplicarmos essas 16 calorias pelas 71,5 horas que ficamos online, teremos a queima média de 1.144 calorias por mês, o que corresponde a pouco mais de 1/8 de kilo emagrecido. Em outras palavras, é irrisório e até ridículo crer que pensar emagrece. Mas é adoravelmente aceitável e plausível preferir internet às esteiras.
Abraço!
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