sábado, 9 de abril de 2011

Ah, se navegar na internet queimasse calorias...


Foi numa conversa informal com algumas colegas de profissão, em que falávamos de nossa fascinação por textos, internet, comunicação, tecnologia, redes, novidades, bons professores, salada de frutas e capuccino "da casa", que lancei esta, mais como uma pensamento alto: "Ah, se navegar na internet queimasse calorias...", tendo em mente o tempo que passamos em frente ao pc, gerando ou consumindo conteúdo. Ah, foi risada geral, e as frases que decorreram daí foram o estopim para este post. Típica filosofia feminina de boteco!

De acordo com números atualizados em março último no To be Guarany, somos no Brasil 73,9 milhões de internautas a partir de 16 anos. Isso posiciona nosso país como o 5º em número de conexões à Internet. Destes, 41,7 milhões são ativos (leia-se aqueles que acessam a internet regularmente), cujos principais locais de acesso são lan houses (31%), a própria casa (27%) e da casa de parentes ou amigos, com 25%. Em se tratando de tempo médio de navegação - e esta é a primeira inferência do meu raciocínio filosófico botequiano -, o comportamento do intenauta brasileiro caracteriza-se por manter-se constantemente na liderança mundial. Em julho de 2009, os índices eram de 48 horas e 26 minutos ao mês por pessoa, considerando apenas a navegação em sites. Agora, este dado subiu para 71 horas e 30 minutos, levando em conta também o uso de aplicativos ativos online como mensagens, tocadores de música, programas de download, de voz sobre IP, e outros. E saibam que já são 87% dos brasileiros presentes nas redes sociais, nas quais investem 20% de seu tempo online gasto pelos brasileiros (Uol Tecnologia).

Há artigos, como o publicado pela revista Current Directions in Psychological Science, que defendam que internet faz bem à saúde, uma vez que pode ser utilizada em prol do fortalecimento de laços de amizade já existentes pessoalmente. Ainda pela perspectiva psicológica e da ciência social, área dos autores, os internautas sentem-se livres nos chats para falarem mais abertamente sobre assuntos que envolvam emoções, sentimentos, vulnerabilidades, contribuindo para a formação de sua personalidade e diminuindo o stress. Essa conclusão eu acho meio "viajandona"; prefiro posicionar-me conforme o GloboPT, que afirma que a pesquisa na Internet pode ajudar a manter a memória ágil, especialmente em idosos. Estou certa de que esta percepção indica atividade cerebral intensa quando estamos em rede.

Superinteressante afirma que o organismo humano gasta, por minuto, de 0,028 a 0,040 calorias no ato de pensar, ou uma média de dezesseis calorias a cada oito horas. Esta é a minha segunda e decepcionada inferência, hehehe: é o equivalente a uma bala... Francamente, este dado não é muito animador. Se multiplicarmos essas 16 calorias pelas 71,5 horas que ficamos online, teremos a queima média de 1.144 calorias por mês, o que corresponde a pouco mais de 1/8 de kilo emagrecido. Em outras palavras, é irrisório e até ridículo crer que pensar emagrece. Mas é adoravelmente aceitável e plausível preferir internet às esteiras.

Abraço!

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