quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Transmedia Storytelling


Diretamente do Wikipédia: “A Alquimia é uma tradição antiga que combina elementos de Química, Física, Astrologia, Arte, Filosofia, Metalurgia, Medicina, Misticismo, Geometria e Religião. Existem três objetivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores ao ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida longa àqueles que o ingerissem.”
Conheci a empresa Os Alquimistas na abertura do #set2010, enquanto @maumota falava sobre Cultura da Convergência, através de Transmedia Storytelling.
Aos poucos foi possível entender que a combinação de elementos da alquimia é uma ótima metáfora para a combinação de plataformas de comunicação que a empresa utiliza para criar um universo em torno de uma marca... Tudo baseia-se em narrativa.  Tudo que a gente diz tem início, meio e fim. Nossos dias tem início, meio e fim. É por isso que novela termina, mesmo sendo sucesso de audiência.
Entre um milhão de coisas que o Maurício comentou na palestra, uma das que mais gostei foi a crítica aos ditos gurus da comunicação: “não acreditem nesses gurus que dizem que tudo vai ser de graça, que as mídias sociais vão revolucionar a comunicação, que a TV vai acabar...”  Só em dizer isso, já achei ELE um guru! E um guru que concorda exatamente com o que eu penso: as pessoas não são iguais. Cada uma tem uma preferência, umas preferem o I-phone, outras preferem 42 polegadas! Não dá para comparar... cada plataforma tem seus usos e entrega o que nós imaginarmos, desde que as utilizemos de maneira adequada.
Pelo que entendi do Storytelling (nunca tinha ouvido falar!) cada elemento separado faz sentido, mas “don't fuck the mothership” , ou seja, se o principal é um seriado na TV (ex. Heroes), essa é a nave-mãe... todas as outras mídias (internet, jornal, outdoor, o que for...) devem aprimorar o conteúdo do carro-chefe, nave-mãe, enfim.... Mota comentou que muitos fãs de Matrix, por não terem acesso aos conteúdos que orbitavam em torno da trama através da internet, atrapalharam a sequência dos filmes seguintes, diminuindo cada vez mais o número de fãs.
E por falar em fã, Maurício Mota deixou claro que fazer um viral é impossível.... um viral simplesmente acontece, pq as pessoas se tornaram fãs daquele conteúdo a ponto de indicar para seus contatos.
Atualmente as mídias tem a oportunidade de formar sua audiência e tudo passa pela Educação.
O fomento do uso da narrativa em múltiplas plataformas para contar a história da marca, da empresa, do produto, é baseado em educação. Precisamos fazer os empresários acreditarem nesse processo. Apostar em cada fragmento para que o todo faça ainda mais sentido do que cada parte. Por isso, Mota conta que na empresa dele, R&D não é research and development e sim RISCO e DESAPEGO. “Temos que ensinar os empresários que o desapego está diretamente relacionado com o risco de exposição da marca”, comenta. Para que os riscos sejam menores a dica é uma só: “promova uma experiência narrativa consistente. As coisas devem ser coerentes separadas e mais coerentes ainda quando o consumidor enxergá-las todas juntas”. Para completar, um objetivo de sucesso para qualquer projeto é: “una as pessoas e dê algo para elas fazerem!”
Adoro palestras que me acrescentam algo novo. Vou arrumar um jeito de acrescentar o Storytelling na minha carreira... MIT aí vou eu (sonhar é de graça!!!)!

Maurício Mota citou autores como Neil Gaiman, Henry Jenkis, Nelson Rodrigues e Russel Daves, mestre em planejamento.
Twitters: @maumota e @osalquimistas, @eusoufamecos, @setuniversitario2010, @meldanda

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